A Seiva dos Dias
Na sucessão dos dias, entre a vida que houve e a que há, folheiam-se memórias e aprisionam-se imagens. E é neste desfilar de quotidianos fugidios que encontra cada vez mais a poesia de António Souto o seu domicílio, embriagando-se – na aceção baudelairiana – daqueles casos irrelevantes que escapam à maior parte dos olhares. «Trivialidades», como registou algures numa crónica, «des petits trucs que nos distraem e preenchem a neblina dos dias». Ou que, pelo contrário, nos saciam a sede de versos, porque seiva criativa.
Autor: António Souto
Colecção: «On y va, Poesia»
Páginas: 112
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que importa o céu e o mar se tudo é
mistério no teu olhar