Ana Sofia Brito na Casa das Palavras

Ana Sofia Brito estará no dia 15 de Abril de 2023 na Casa das Palavras na Serra dos Dois Dinossauros Adormecidos, em Monchique. O evento decorrerá entre as 16 e as 18 horas desse dia, um sábado, e inclui seis autores que publicaram livros na On y va, maioritariamente poesia.

Trata-se de uma tertúlia literária, com o tema «Olhares sobre a Vida e a Escrita», moderada por António Manuel Venda, editor da On y va. Presenças, além de Ana Sofia Brito, de Paulo Rosa, Clara Andrade, José Carlos Barros, Marco Mackaaij e Paulo Correia. Ver mais informações aqui.

Ana Sofia Brito nasceu em Albufeira em Dezembro de 1983. Aos dezasseis anos começou a trabalhar em teatro, como atriz, em paralelo com espectáculos de rua, e aos dezassete ingressou na Universidade de Coimbra, onde esteve dois anos. Posteriormente, estudou teatro, teatro físico e circo em cidades como Barcelona, Rio de Janeiro e Lisboa. Em 2020 completou vinte anos de carreira como artista performativa. Começou a frequentar o Clube de Escrita Criativa de Lagoa em 2017. Em 2021, em plena pandemia, escreveu e publicou o seu primeiro livro, «Em Breve, Meu Amor» (ed. On y va), um conjunto de narrativas. Escreve em diversas publicações, nomeadamente o jornal «SeteMargens», e tem tido várias experiências em programa de rádio, um deles intitulado «Palavra Corrente». Publicou em 2022 «O Homem do Trator», o seu primeiro livro de poesia (ed. On y va). Tem vivido nos últimos tempos na Brasil, país onde os seus dois livros já conheceram a edição.

A seguir, o poema que dá o título ao seu livro de poesia.

 

O HOMEM DO TRATOR

 

O homem do trator

é bonito, sim senhor

boina assente na cabeça

colarinho de xadrez

no olhar leva a bonança

e disse-me uma vez:

Menina, tem cuidado

que o pássaro engaiolado

mesmo triste por não voar

jamais desiste de cantar.

Menina, tem cuidado

que isso de amar à vez

nunca deu bom resultado

digo-te eu, que sou burguês

e passo a vida apaixonado.

 

O homem do trator

é bonito, sim senhor

boina assente na cabeça

colarinho de xadrez

no olhar leva a bonança

e sorri-me tanta vez.

De horizontes infinitos

leva o peito a latejar

alberga sonhos tão bonitos

e diz que me quer amar.

 

A autora diz o poema aqui.

 

26 de Março de 2023